Uma estória da vida real
Você já se perguntou quem construiu a escola do seu filho?
Provavelmente não! Pode ter sido o Paulo, a Ana, o João, quem sabe?
Pedro Silva tinha 47 anos e trabalhava como pedreiro há 31.
Ele morreu de covid-19 na semana passada, deixando mulher e dois filhos, e sequer pode ter um beijo de adeus.
O profissional de saúde que esteve ao lado de Pedro por dias - fez a despedida em lágrimas.
Mas você também não sabe quem é esse profissional de saúde. Quer saber?
Era Carmem, Carmem Souza de apenas 29 anos que também morreu
30 dias após chorar pelo Pedro, o pedreiro, deixando os pais, irmãos e uma filha de 2 anos. Seu marido? Seu marido Carlos estava entubado e morreu 5 dias antes do pedreiro.
Mas todos tiveram uma última homenagem.
Feita pelo sepultador Alberto de 38 anos. Que também morreu de covid-19 15 dias após ter sepultado o Pedro, a Carmem e o Carlos.
Que você também não conhecia porque os Pedros, as Carmems, os Carlos e os Albertos entraram numa lista de dados, para não falarmos de números, com mais de 500.000 vidas perdidas na pandemia.
Exceto o fato dos nomes terem sido alterados, a estória narrada não é uma ficção. É uma realidade que faz com que pessoas comuns, personalidades públicas e profissionais da saúde deixem tristeza e saudade para filhas e filhos, pais, avós, tias e tios, entre tantos outros.
Ahh, o jornalista que escreveu esta história, está com câncer e não consegue ser internado porque estamos vivendo um colapso hospitalar.